Um dos maiores questionamentos que as empresas têm ao divulgarem seus produtos e até a marca em si é se devem buscar uma publicação orgânica ou se deve desembolsar alguma quantia em dinheiro e pagar por um conteúdo pago. Essa não é uma pergunta simples de se responder e muita coisa deve ser levada em consideração.
Primeiramente, é preciso entender a diferença entre os dois tipos de cobertura. O conteúdo pago é aquele criado pela empresa – ou sua agência de relações públicas – contando um pouco sobre um determinado produto ou executivo da companhia de modo pago em algum veículo. Já o conteúdo orgânico é aquele alcançado sem nenhum pagamento, de modo gratuito, por vezes, após o trabalho de uma assessoria ou agência de RP.
Ao optar por um conteúdo pago, deve se estudar a fundo a mídia adequada para divulgar o que deseja. Diferentemente do que se imagina, por vezes, um veículo mais nichado pode ter um resultado mais positivo do que uma mídia Tier 1, ou seja, uma daquelas mais lidas no país. Isso porque, em um veículo focado em determinado assunto, há um número maior de leitores que se interessam por esse assunto. Por exemplo, caso você queira comprar uma página de uma revista para falar sobre um novo carro, é melhor fazê-lo em um veículo de carros, não em um geral, pois no geral, o conteúdo irá se perder em meio a matérias de outros assuntos. Em um veículo focado, o interesse dos leitores – ou audiência – por um tema comum aumenta as chances de seu artigo ser lido..
No entanto, é importante levar em consideração que, na grande maioria das vezes, quando uma matéria é paga – principalmente em jornais e revistas – é sinalizado acima da publicação. Isso, por vezes, pode fazer com que o público trate como publicidade, perdendo, um pouco, a credibilidade do que está escrito.
Uma pesquisa da Conversion, de 2017, com 707 brasileiros, descobriu que para 33,6% dos entrevistados, o conteúdo orgânico é mais confiável, contra 19% daqueles que admitiram que confiam mais em conteúdos pagos e os acham mais relevantes. Apesar disso, cerca de 71% dos anunciantes e marcas já fizeram uso desse tipo de conteúdo de acordo com estatística da plataforma Clutch, enquanto somente 44% já utilizaram um press release.
Diferentemente do anterior em que, na maioria das vezes, o cliente decide como será a matéria e o que será falado sobre ele, a conteúdo orgânico tem um trabalho mais jornalístico por detrás. Isso significa que, após o recebimento de seu conteúdo e até uma possível entrevista, o repórter tem a abertura para trabalhar do modo que preferir. Ou seja, por vezes, a marca pode aparecer somente em uma frase ou até pode ser representada negativamente, se assim o jornalista decidir.
Um conteúdo de grande importância dentro de uma revista ou jornal de grande relevância, na maioria das vezes, não é pago e depende de um grande trabalho de um ou mais repórteres.
Ao final, é importante colocar em uma balança o que deseja para o conteúdo que está divulgando. O conteúdo pago te dá a possibilidade de “comandar” o que será escrito e passado ao público, porém, compreendendo que há um perigo de que alguns leitores não confiem plenamente no que leem e acreditam que é uma propaganda.
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