[Duas mulheres sentadas em uma bancada com papéis, duas canetas e um óculos enquanto fazem um bom media training]
[Duas mulheres sentadas em uma bancada com papéis, duas canetas e um óculos enquanto fazem um bom media training]
Toda boa entrevista no rádio ou na televisão tem por trás o extenso trabalho de um bom media training, isto é, a preparação de representantes de uma determinada causa ou empresa para conversar com a imprensa (você pode saber mais detalhes sobre o assunto no último PR 101).
O media training se concentra na figura do porta-voz, que é o funcionário da empresa escolhido para ser seu rosto, sua voz e sua presença na mídia. Isto porque será ele a pessoa a dar entrevistas, aparecer na televisão, dar esclarecimentos e tecer comentários sobre os mais diversos assuntos. Geralmente, o porta-voz é o presidente, diretor ou outro grande executivo da organização.
É comum que o media training foque na comunicação oral do porta-voz e sua capacidade de compartilhar as mensagens-chave da empresa com os jornalistas, ou seja, os pontos importantes sobre seu trabalho e objetivos públicos. Porém, grande parte deste treinamento também aborda elementos não verbais que não passam despercebidos pelo público.
Pesquisas mostram que apenas 7% da comunicação interpessoal é de cunho verbal, enquanto os outros 93% vêm daquilo que não é dito, mas demonstrado através de roupas, olhares, expressões faciais e posturas corporais. Se o porta-voz é o rosto da empresa, é preciso que sua presença também esteja de acordo com o posicionamento dela.
O profissional de relações públicas que está responsável pelo trabalho de media training precisa ter um olhar diferenciado sobre o porta-voz, entender os valores da empresa, seus desafios e também zelar por sua imagem na imprensa.
Embora o jornalismo seja praticado com os mesmos princípios ao redor do mundo, os veículos de comunicação têm abordagens e características diferentes dentro de um mesmo país. Às vezes, a própria maneira de conduzir entrevistas é única. Por isso, ao oferecer um treinamento para os porta-vozes ou executivos C-level da empresa, é preciso conhecer o modus operandi dos jornalistas e mídias locais a fim de familiarizá-los com o que podem enfrentar. Alguns jornais e revistas têm posicionamentos editoriais diferentes, enquanto outros buscam entrevistas mais profundas e, por fim, aqueles que costumam trazer temas polêmicos à tona com frequência.
Grandes empresas têm executivos em diversas áreas que podem oferecer informações valiosas para os jornalistas. O profissional responsável pelo media training precisa conhecer os setores da corporação que sejam de interesse da imprensa, conhecer seus representantes e avaliar quais são os mais adequados para falar com os jornalistas. Em algumas empresas, somente o diretor ou presidente fala pela instituição. Neste caso, também é necessário prepará-lo para falar sobre assuntos que não domina completamente.
Em reuniões de briefing, é essencial identificar junto ao cliente quais são os objetivos de posicionamento corporativo. É atrair novos investidores, aumentar as vendas, gerenciar uma crise? Dependendo do posicionamento corporativo desejado, é preciso selecionar as mensagens-chave mais adequadas para serem compartilhadas com os jornalistas, traçar os media targets mais importantes e preparar os porta-vozes para os mais diversos tipos de abordagens em entrevistas.
Relacionamento é a alma das relações públicas. Para alcançar os objetivos corporativos com a exposição na mídia, um bom media training precisa oferecer ferramentas úteis para facilitar a transmissão das mensagens-chave da empresa e cativar o jornalista. Algumas delas são o realinhamento de discurso com os valores, objetivos e necessidades da empresa, treinamento de oratória, correção de vícios de linguagem, posicionamento corporal, poder de persuasão e de sintetizar ideias.
A teoria é importante, mas a prática é fundamental. Um bom media training deve contar com sessões de entrevistas simuladas entre o porta-voz e o relações públicas. O ideal é que as entrevistas sejam gravadas para posterior avaliação, com a identificação de erros e pontos que podem ser melhorados nas próximas atividades.
Conversar com a imprensa deve ser uma tarefa leve e feita com naturalidade. Através da expressão facial e corporal é possível notar se o executivo está se sentindo tenso ou incomodado durante a entrevista. Por isso, ao prepará-lo no media training, o profissional de Relações Públicas precisa testá-lo para que sinta-se à vontade em qualquer situação, mesmo em momentos de crise institucional ou de imagem.
Caso você tenha identificado a necessidade de fazer um trabalho de media training em sua empresa, entre em contato conosco para saber mais.