Você sabe o que significa ESG? O termo, usado para avaliar empresas de acordo com seus desempenhos e impactos nas áreas de sustentabilidade, social e governança, tem se tornado cada vez mais notório em uma sociedade que busca valorizar os negócios conscientes. É essencial que discussões sobre o tema sejam levadas para dentro dos ambientes corporativos, para que possamos, por exemplo, debater a importância da Diversidade para Atuarmos em ESG.
Fazendo uso de uma série de referências históricas, livros, personagens, acontecimentos-chave e conceitos de Relações Públicas, a consultora em Comunicação e Sustentabilidade, professora e pesquisadora Natália de Campos Tamura participou de uma roda de conversa com as nossas equipes aqui na Sherlock Communications.
Organizado pelo time de Diversidade e Inclusão, o bate-papo teve como objetivo levantar reflexões sobre como o entendimento e respeito à diversidade social brasileira são fundamentais para que possamos, efetivamente, atuar de forma eficiente e ética nas áreas de sustentabilidade, sociedade e governança.
De acordo com a especialista, a sigla ESG (do inglês Environmental, Social e Governance) foi utilizada pela primeira vez em 2004 em um relatório feito pela ONU em conjunto com o Banco Mundial, chamado Who Cares Wins. O termo surgiu de uma provocação do então secretário-geral da ONU a CEOs de grandes instituições financeiras, questionando-os sobre como integrar fatores sociais, ambientais e de governança no mercado de capitais.
Na prática, ESG se tornou uma espécie de comportamento ou conceito ideal que levou empresas a pensarem além de si mesmas, e adotarem uma forma mais responsável de lidarem com seus negócios, sejam em termos sociais, de meio ambiente e administrativos.
Indo além, quando falamos em responsabilidade social corporativa, nos referimos também à incorporação de ações no dia a dia das empresas que valorizem a nossa diversidade de gênero, raça, etnia, orientação sexual, condição física, classe social, religião, idade, nacionalidade, e muitas outras ligadas às minoridades (grupos historicamente desfavorecidos em detrimento de outros e ainda destituídos de plena cidadania).
Para nos aprofundarmos nesse diálogo, é fundamental entendermos como a diversidade tem afetado os brasileiros. Dados apresentados pela especialista Natália Tamura mostram que, no Brasil, a desigualdade entre gêneros ainda é um problema, uma vez que as mulheres representam 51% da população e, em contrapartida, ainda recebem 24% a menos que os homens. Nos Estados Unidos, por exemplo, apenas nove das cem maiores companhias eram chefiadas por mulheres no ano passado.
Outras reivindicações sociais como identidade de gênero e diversidade racial também continuam não recebendo a atenção que merecem. O Brasil lidera o ranking de países que mais matam LGBTQIA+. Já entre as mulheres assassinadas em 2021, por exemplo, 66% eram negras, o que é muito preocupante.
Esses dados reforçam como o Brasil, em sua maioria, ainda é um país de população preconceituosa para com diversos grupos sociais. O país tem um longo caminho a percorrer para chegar à plena inclusão social e reparar séculos de injustiças que foram e ainda são cometidas.
Por isso, é cada vez mais importante que as empresas assumam a responsabilidade e lutem a favor da diversidade de dentro para fora, promovendo a conscientização de seus funcionários e dando o protagonismo devido aos que fazem parte das minoridades (cargos de chefia, representação nas peças veiculadas na mídia e nos canais internos de comunicação, vagas exclusivas e etc.).