Com o auge crescente das redes sociais e o imediatismo da informação, é cada vez mais frequente que sejamos vítimas das “fake news”, ou seja, as notícias falsas. Mas não se sinta mal com isso, todos nós já caímos alguma vez, incluindo os grandes meios de comunicação.
Há alguns personagens que ultrapassaram fronteiras e se tornaram mundialmente famosos graças às “fake news”. Tomaso de Benedetti, um jornalista italiano que conseguia as melhores entrevistas com as personalidades mais relevantes foi descoberto quando outra redatora do jornal onde trabalhava entrevistou o escritor americano Philip Roth. A jornalista o questionou sobre uma de suas declarações dadas em entrevista ao De Benedetti, o que o escritor afirmou que nunca havia feito.
Por meio da imaginação do “jornalista”, aconteceram inúmeras entrevistas com grandes personagens como Mario Vargas Llosa, o ex-líder soviético russo Mikhail Gorbachov, até o Papa Francisco separou alguns minutos para conversar com ele. O mais grave neste assunto não é que ele tenha acreditado em suas próprias mentiras, mas que o mundo inteiro chegou a cair em suas farsas.
“O mais perigoso na internet é que alguém como De Benedetti pode publicar informações sem controle algum, apesar de ter sido descoberto um mentiroso. Uma de suas práticas preferidas consistia em anunciar a morte de personagens famosos no Twitter. As notícias falsas são um verdadeiro negócio. Por isso, cada vez mais notícias falsas usam títulos chamativos: assim são compartilhadas mais vezes nas redes sociais e geram mais acessos para seus autores. A parte negativa é que, quanto mais se compartilha uma notícia, é mais provável que os meios de comunicação a considerem verdadeira”, afirmou o jornal La Vanguardia.
A ONG Internacional Global Disinformation Index (GDI), que monitora o fenômeno das “fake news” ao redor do mundo, destaca em uma pesquisa que os sites de desinformação geram lucros na ordem dos 235 milhões de dólares por ano, graças ao que investem as empresas em publicidade digital.
Como todos os sites, as plataformas online de difusão de notícias falsas necessitam de recursos financeiros para existir e conseguem isso através da publicidade. Mas para as marcas e os comerciantes, que pagam para obter visibilidade na rede, é impossível acompanhar todos e cada um de seus espaços publicitários.
Por trás de vídeo, um gif, uma imagem, uma ameaça por Twitter, um artigo informativo tendencioso ou um site de “fake news”, há grupos de experts em métricas, publicitários, cientistas políticos, jornalistas e demais profissionais criando estratégias – empíricas ou metodológicas – para “semear” informações nas redes sociais.
Os algoritmos do Facebook não importam, nem as políticas do Twitter. Tudo pode ser burlado. “Semear” informações e notícias falsas se tornou um ato de verdadeira sutileza por parte dos exércitos de bots.
Na atualidade, é possível encontrar notícias falsas de qualquer tipo e sobre qualquer tema, desde política, cultura, o mundo dos espetáculos até assuntos mais delicados como a saúde, como é o caso da recente emergência sanitária derivada do COVID-19.
É por isso que aqui damos 5 dicas para que você não caia nas “fake news”, o ao menos não caia tão facilmente: