Quer saber as últimas notícias sobre a América Latina? Confira tudo que aconteceu no mês de novembro de 2024.
Em novembro de 2024, a Colômbia enfrentou uma temporada forte de chuvas que afetou gravemente 27 dos 32 departamentos do país. Como resposta, o presidente Gustavo Petro declarou estado de desastre nacional para mobilizar recursos e priorizar a ajuda às áreas mais atingidas, incluindo os departamentos de Chocó, La Guajira e a capital, Bogotá.
As chuvas intensas causaram enchentes generalizadas, transbordamento de rios e deslizamentos de terras, deixando mais de 46.000 famílias impactadas. Só em Chocó, mais de 30.000 famílias sofreram grandes perdas, com danos em mais de 4.000 casas, 18 escolas e 1.500 hectares de plantações.
Outras regiões, como Huila, Cauca e Norte de Santander, também sofreram grandes impactos, incluindo mortes devido a deslizamentos de terra e avalanches.
Enquanto isso, Bogotá continua lidando com o racionamento de água devido a uma seca anterior, intensificada pela urbanização e pelos efeitos da variabilidade climática. As autoridades implementaram medidas para enfrentar a crise e reduzir os impactos futuros, já que a temporada de chuvas deve se estender até dezembro.
Novembro de 2024 também marcou o oitavo aniversário da assinatura do Acordo de Paz entre o governo colombiano e as FARC. A data trouxe reflexões tanto sobre os avanços conquistados quanto sobre os desafios que ainda persistem.
A cerimônia principal aconteceu na Plaza de Bolívar, em Bogotá, com a presença do presidente Gustavo Petro, representantes da ONU, ex-combatentes e comunidades afetadas pelo conflito.
O evento contou com atividades culturais e debates voltados para o desenvolvimento econômico de áreas afetadas pelo conflito, além de abordagens específicas para apoiar vítimas, mulheres e comunidades indígenas.
A celebração reforçou o compromisso contínuo da Colômbia com a construção de uma paz duradoura, enquanto destacou a necessidade de esforços contínuos para superar os desafios estruturais e construir um futuro mais sustentável.
O Banco da Guatemala (Banguat) prevê um crescimento econômico estável para 2025, com uma projeção de aumento de 3,7% no PIB e controle da inflação dentro da meta de 3,75%. Essas expectativas são sustentadas por políticas econômicas consistentes, crescimento das remessas, crédito do setor privado e reservas internacionais. No entanto, o FMI alertou que é necessário enfrentar desafios como baixa produtividade e investimento para garantir um desenvolvimento mais inclusivo e competitivo.
A Costa Rica assinou um acordo de livre comércio com os Emirados Árabes Unidos (EAU), com o objetivo de ampliar as oportunidades para os produtores locais e facilitar o acesso a matérias-primas, bens de capital e combustíveis.
Entre as principais exportações costarriquenhas estão bananas, frutas tropicais, dispositivos médicos, cabos de fibra óptica e café.
Já as importações dos EAU incluirão polímeros para a indústria de plásticos, chapas metálicas, perfumes e combustíveis. O acordo deve impulsionar a competitividade dos produtos locais e abrir novas oportunidades para pequenas e médias empresas.
O turismo na República Dominicana teve um crescimento enorme em 2024, com mais de 9 milhões de turistas entre janeiro e outubro. Isso representa um aumento de 47% em comparação com o mesmo período de 2019, 35% em relação a 2022 e 10% em relação a 2023.
A diversificação do setor foi fundamental, com avanços significativos no ecoturismo, turismo cultural, turismo médico, esportivo e no segmento MICE (Reuniões, Incentivos, Conferências e Exposições).
Um exemplo de sucesso foi a revitalização da Cidade Colonial, em Santo Domingo, que atraiu turistas até o patrimônio cultural do país. Além disso, foram investidos mais de 1,5 bilhão de dólares em infraestrutura para modernizar aeroportos, portos e rodovias, melhorando o fluxo e e a capacidade de receber turistas em destinos populares como Punta Cana e Puerto Plata.
No Panamá, as receitas de turismo cresceram 9,6% nos primeiros oito meses de 2024, totalizando 4,05 bilhões de dólares. Os turistas ficaram, em média, oito dias no país e gastaram cerca de 273 dólares por dia, destacando a importância do setor para a economia nacional. Este número aumentou 9%, com o Aeroporto Internacional de Tocumen registrando um crescimento de 15% no movimento de passageiros.
Turistas da América Central e do Sul lideraram o fluxo turístico, seguidos por turistas da América do Norte e Europa. O Panamá continua se consolidando como um destino de turismo sustentável, fortalecendo sua conectividade aérea e destacando seus ativos culturais, naturais e comerciais.
Nos dias 15 e 16 de novembro, Lima sediou a cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC). Durante o evento, líderes defenderam a redução da informalidade econômica e a revitalização das iniciativas de livre comércio, destacando a importância desses objetivos em meio às tensões comerciais entre Estados Unidos e China.
No dia 14 de novembro, foi inaugurado o Megaporto de Chancay, fruto de um investimento de 3,4 bilhões de dólares liderado pela empresa chinesa COSCO Shipping Ports. O porto é estratégico para transformar o Peru em um importante centro logístico na América do Sul, reduzindo em até 10 dias o tempo de transporte marítimo entre a Ásia e o continente.
A 62ª edição do CADE Executivos foi realizada em Arequipa em um momento de estagnação econômica no país, mas trouxe otimismo com os acordos feitos durante o APEC.
Líderes empresariais e políticos peruanos discutiram questões institucionais, prioridades econômicas e sociais, além da capacidade do Estado de fomentar investimentos privados e implementar políticas públicas eficazes.
A Argentina se destacou em novembro após retirar sua delegação da cúpula climática COP29, realizada em Baku, no Azerbaijão. A decisão, tomada pelo presidente Javier Milei, foi vista como um protesto contra a falta de ações concretas em relação às mudanças climáticas.
A medida levantou preocupações tanto no cenário nacional quanto internacional, especialmente pela exclusão do país de negociações importantes sobre financiamento climático e mercado global de carbono.
Durante o G20 no Rio de Janeiro, os presidentes da Argentina e do Brasil, Javier Milei e Luiz Inácio Lula da Silva, se encontraram pela primeira vez. A interação pareceu fria, refletindo as diferenças ideológicas e políticas entre os dois líderes. Apesar disso, ambos mantiveram um tom diplomático nas discussões sobre questões globais, como mudanças climáticas, desafios econômicos e cooperação internacional.
O “Buen Fin“, um dos maiores eventos comerciais do México, gerou um impacto econômico de 49,5 bilhões de pesos na Cidade do México, um aumento de 13% em comparação ao ano anterior. O evento, que visa estimular o consumo, é visto como um modelo para outros países da região.
Em 14 de novembro, o México celebrou o Dia Mundial do Diabetes, destacando que a doença é a segunda principal causa de morte no país. As autoridades de saúde lançaram campanhas de conscientização focadas na prevenção e no manejo da doença, com impacto em outros países da América Latina que enfrentam desafios semelhantes.
O Senado mexicano aprovou reformas para criar o Ministério da Mulher e o Ministério de Ciência, Humanidades, Tecnologia e Inovação. Essas mudanças buscam promover a igualdade de gênero e o avanço científico, atraindo a atenção de outros países latino-americanos que enfrentam desafios semelhantes.
Em novembro, o Brasil recebeu atenção mundial ao sediar a cúpula do G20, mostrando a todos que está aberto para negócios e parcerias estratégicas. O evento destacou as oportunidades de investimento em áreas como infraestrutura, tecnologia e energia renovável.
Além disso, o governo ofereceu incentivos fiscais para empresas de tecnologia e anunciou novos projetos em transporte e energia limpa, posicionando o país como um destino atraente para negócios internacionais.
A preservação da Amazônia e o combate às mudanças climáticas foram temas centrais no G20. O Brasil reforçou seu compromisso com práticas sustentáveis, especialmente no agronegócio, um setor em que já é referência global. Essa abordagem atraiu o interesse de empresas estrangeiras que desejam inovar e respeitar o meio ambiente.
Com sinais de recuperação econômica, o mercado brasileiro está cheio de oportunidades, especialmente em setores como e-commerce, tecnologia e produtos alimentícios premium. Durante o G20, o Brasil também insistiu por regras de comércio global mais justas para beneficiar economias emergentes. Para empresas estrangeiras, este é um momento estratégico para entrar no mercado brasileiro e aproveitar a demanda crescente dos consumidores.
Obrigada por ler as últimas notícias da América Latina. Nos vemos mês que vem!