Quando planejamos uma estratégia de marketing digital ou mesmo uma estratégia 360 de marketing e comunicação, é fundamental levarmos em consideração o papel dos influenciadores. Mas, por que eles são essenciais? Como devemos trabalhar com eles? Aqui estão algumas dicas e recomendações.
A transformação no universo da comunicação é constante e a digitalização de milhares de processos vem mudando a forma como nos relacionamos. No entanto, o potencial do boca a boca permanece inalcançável. Os dias passam e confiamos mais e mais na opinião e recomendação de amigos, conhecidos, ou um especialista em determinado assunto.
De acordo com a plataforma Influencer Marketing Hub, 93% dos millennials confiam tanto em resenhas online, quanto em seus amigos e famílias. Incluindo a Colômbia. Por isso, trazer pessoas locais e influentes na internet e nas redes sociais é uma estratégia chave para aumentar o alcance de uma campanha. No entanto, é necessário levar em conta as nuances culturais do país.
Como estrategistas, o primeiro e mais importante a considerar é o quanto um influenciador é capaz de persuadir, convencer e guiar o comportamento de sua audiência em relação a determinados (ou diversos) tópicos. E se eles têm relação com o produto ou serviço que a sua marca oferece.
Esse termômetro é feito a partir das reações e interações que o público apresenta perante as publicações dos influenciadores. Comentários, perguntas, demonstração de interesse em um produto ou serviço. Além da velocidade que uma publicação se torna viral. Esses são apenas alguns dos “poderes” que um influenciador tem em relação a sua audiência.
O segundo passo é observar influenciadores que sejam atuais, dinâmicos e que geram algum tipo de engajamento a cada foto, vídeo ou story – algo que as marcas geralmente pecam. É importante também notar a frequência com que postam e de que maneira dialogam com seu público. Se são ativos (espera-se que em mais de uma rede social), se conectam com as pessoas e influenciam suas atitudes.
De acordo com uma recente análise do Twitter, aproximadamente 40% dos usuários da rede social fazem uma compra por influência de um tweet – a intenção de compra aumenta 5.2 vezes quando os usuários são expostos a um tweet de uma marca ou influenciador.
O terceiro é lembrar que trabalhar com influenciadores digitais não é o mesmo que trabalhar com mídia tradicional. Para que a reputação da sua marca seja fortalecida, louvada e traga resultados vinculados com seus objetivos, é necessário compartilhar conteúdo que tenha valor – tanto para o influenciador, quanto para seus seguidores. Como Juan Ortega, chefe do Motion Content Group na Colômbia, disse uma vez:
“As marcas normalmente dizem: ‘Quero que ele apareça mostrando meu produto e diga que esse é o valor’. Não é isso que os consumidores querem ouvir. Eles não querem ver conteúdos chatos e grosseiros. As marcas pensam que, se os influenciadores falarem e mencionarem sua marca o tempo todo, eles aumentarão seu brand equity. Isso é falso. O brand equity é construído por boas narrativas, bom storytelling, saliência, significância e várias métricas de saúde da marca que temos que conhecer e não apenas vender”.
Então podemos seguir esse caminho sempre tendo em mente que, ao escolher um influenciador, devemos nos basear em três indicadores:
- A sua habilidade de mobilizar opiniões e despertar reações em sua audiência;
- A audiência potencial de um influenciador em relação a um tópico específico;
- O nível de participação no diálogo sobre um tópico específico.
Assim que todos esses aspectos forem levados em consideração, é momento de entrar em contato com os influenciadores. A esta altura, devemos reiterar que não são todos os influenciadores que combinam com uma marca ou estratégia. Precisamos reconhecer aqueles que se identificam com nossos valores e objetivos.
No momento de convidá-los para participar, é vital que eles se sintam especiais, parte de algo maior – que o seu trabalho ajudará a marca a crescer. Também devemos ser transparentes, explicar o objetivo da campanha com clareza, e estar abertos a receber suas ideias e feedbacks. É um trabalho co-criativo.
Ao fazer esse contato, é importante já ter definido os objetivos que serão comunicados. Determine de antemão quais resultados você quer obter com a campanha, como aumento de tráfego, engajamento com a marca, conhecimento de marca, etc. Tudo isso pode ser conquistado a partir da credibilidade que o influenciador passa, a oferta de valor da sua empresa/marca e comunicação eficaz com o nicho de mercado ou público de interesse.
E quando falamos de comunicação efetiva, queremos dizer que é necessário determinar o estilo, a identidade de comunicação da marca. É essencial determinar qual rede social você deseja aparecer, que tipo de conteúdo irá divulgar e com qual periodicidade. As melhores campanhas de marketing de influenciadores são orgânicas e não parecem anúncios. O storytelling torna-se intuitivo quando um trabalho é bem feito entre marcas e influenciadores.
Talvez seja por isso que, segundo dados de uma pesquisa realizada pela empresa Augure, mais de 80% das companhias esperam trabalhar com um influenciador de redes sociais entre 2023 e 2024,. A pesquisa também concluiu que a colaboração de um influenciador digital é um dos caminhos mais efetivos e confiáveis para as marcas atingirem seu público-alvo.
A nossa quarta recomendação é monitorar as métricas e medir os resultados. Essa etapa é chave para descobrir se a sua campanha atingiu as pessoas e os objetivos certos. Para isso, existem os indicadores-chave de desempenho (KPIs). Além disso, muitas ferramentas de análise são fornecidas pelas próprias redes sociais.
É importante analisar os resultados obtidos pelas redes sociais, principalmente porque 45% da população mundial está online, segundo o estudo feito pela The Global State of Digital, elaborado pela Hootsuite e We Are Social. A Colômbia é, por sua vez, o quarto país onde as redes sociais são utilizadas para encontrar informações. E o oitavo país em que as redes são usadas para seguir influenciadores.