Desde o surgimento da bitcoin, em 2009, as criptomoedas continuaram e a tecnologia do blockchain tornou-se parte do que podemos chamar de nova revolução da Internet. A BTC alcançou praticamente $69,000 em Novembro de 2021, o valor mais alto de todos os tempos. Em seguida, as criptomoedas passaram por um período bem complicado, onde seu valor caiu. Ainda assim, seu uso cresceu substancialmente mundo afora e o mercado de cripto já faz parte de várias nações, incluindo El Salvador.
O que atribuiu a fama às criptomoedas na América Latina nos últimos anos foi a sua flexibilidade e vantagens em comparação ao dinheiro convencional. Por exemplo, é possível transferir criptomoedas de um país para o outro sem praticamente nenhuma comissão. Por outro lado, quando o processo é feito por uma agência com dinheiro físico, o processo pode levar diversas horas e dias. Além da comissão, que pode chegar a 10% do valor enviado.
Se formos observar a definição de criptomoeda veremos que é um ativo digital que contém uma criptografia na qual é possível determinar quem é o seu dono e fazer transações seguras, devido a presença de tecnologia blockchain. Para isso, é necessário ter uma carteira digital que pode ser criada em diversos pontos de exchanges ao redor do mundo.
A migração para o digital é inevitável, o que impulsionou ainda mais o crescimento das criptomoedas. A troca do físico pelo digital vem acontecendo com diversas ferramentas que utilizamos no dia a dia, como pagamentos e transferências que são feitas pelo celular. Além disso, a criptomoeda também está em alta devido a sua “imunidade” à inflação.
Em nosso Relatório de Blockchain 2023 você encontra informações valiosas sobre como cada país da América Latina está lidando com as mudanças consequentes das criptomoedas. Se é taxada, qual regulamentação está em vigor – ou ainda em andamento -, a criação de moedas digitais de bancos centrais, a recente tokenização de ativos e NFTs que criaram seu próprio mercado.
Assim como nas demais indústrias, é fundamental a imagem que os stakeholders, usuários e clientes em potencial têm sobre uma marca ou empresa. Por isso, Relações Públicas, Blockchain e Criptomoedas andam lado a lado. Gerar conhecimento de marca por meio de press releases é tão importante quanto outras estratégias para chamar a atenção.
Construir relacionamento com a mídia é vital em uma indústria de rápido crescimento. A adoção das criptomoedas na América Latina levou diversos meios e veículos para as diferentes mudanças ocasionadas pelo ecossistema de blockchain. É por isso que a mídia procura por informações precisas de diferentes fontes, como players ou especialistas da indústria.
As estatísticas sempre nos fornecem números necessários para entender o contexto e a América Latina é um mercado muito importante globalmente falando. De acordo com a Chainalysis, entre julho de 2021 e junho de 2022 a região movimentou 562 bilhões de dólares em criptomoedas, o que representa um crescimento 40% maior comparado ao mesmo período do ano anterior.
Além disso, certos países da região apresentam uma das maiores adoções de cripto, como o Brasil, a Argentina, a Colômbia e o Equador. O mercado de cripto latino americano também está se aproximando das stablecoins, o que é uma ótima opção em locais onde há restrições na compra de dólares, já que é uma moeda estável que possui o mesmo valor do dólar.
A moeda também pode ser utilizada para realizar pagamentos e remessas internacionais, que cresceram cerca de 900% em países como a Venezuela, Colômbia e México. Outra atividade que vem ganhando espaço é a tokenização de ativos, o que permite o investimento no exterior. Um dos locais que buscam ocupar a linha de frente neste processo é o Brasil, que recentemente aprovou uma regulamentação de criptomoedas – aqui, cerca de 16 milhões de pessoas utilizam a moeda, ocupando a sétima posição mundial.
Enquanto isso, na Argentina, 5,2% da população utiliza bitcoins e stablecoins no combate contra a recessão e inflação econômica. As empresas de blockchain enxergaram uma grande oportunidade no país, chegando a patrocinar clubes de futebol da liga local e nacional, que levou o título de vencedora da Copa do Mundo em 2022.
Já a Colômbia é o terceiro país com maior adoção de cripto na América Latina. A nação possui 40 caixas eletrônicos de cripto, além de 700 estabelecimentos que aceitam criptomoedas como meio de pagamento. Especialmente as bitcoins. Observando a relevância desse cenário, o banco central visa criar sua própria moeda digital.
Por fim, o México é o segundo maior receptor mundial de remessas – aproximadamente $60 bilhões em 2022. O país também possui seu próprio unicórnio dedicado à compra e venda de criptomoedas, então espera-se que os números continuem crescendo. No Peru, inclusive, a criação de um projeto de moeda digital e a fuga da inflação tem incentivado muitas pessoas a apostarem nas criptomoedas, posicionando o país em 35º na adoção global.
Após observar o cenário na América Latina, fica claro que o mercado de cripto continuará crescendo entre pessoas e estabelecimentos que desejam obter as vantagens oferecidas pelos ativos digitais. Se você deseja saber mais sobre este ou outros tópicos, não deixe de conferir nosso blog.