Uma raquete, uma bola de borracha e uma parede são o suficiente para te deixar feliz. Essa é a receita mágica para os fãs de paleta frontón, um esporte que surgiu no Peru e teve boom nos Jogos Pan Americanos de Lima em 2019, onde a “blanquirroja” ganhou a medalha de ouro tanto na categoria masculina quanto feminina. O que fez a paixão pelo esporte crescer ainda mais.
As paletas começaram a se tornar ainda mais populares do que eram antes, as classes dentro dos clubes cresceram, mais campeonatos foram criados, Kevin Martinez e Claudia Suárez se tornaram referências para os fãs de paleta frontón. O esporte peruano ultrapassou fronteiras, atraindo atenção de todos os cantos.
O esporte foi criado em Regatas, clube de Lima, em 1945 – há praticamente 8 décadas. Inspirado no handball, atividade esportiva que também era executada com uma bola, mas o alvo era maior e contra o gol do oponente. No entanto, descobriram que arremessar uma bola na parede e bater contra ela também seria divertido.
E assim nasceu o esporte conhecido como Paleta Frontón, que antes era praticado com raquetes de madeira e hoje é praticado com raquetes de fibra ou vidro. As primeiras, inclusive, eram feitas da madeira de engradados de uísque na década de 1940 e as bolas eram de tênis, mas sem a familiar penugem.
20 anos depois, em 1968 a primeira parede de concreto foi construída para o esporte, enquanto raquetes foram importadas de outro país da América do Sul. Mais tarde, esporte também passou a ser praticado na na Costa Rica. Os costa-riquenhos inclusive começaram a organizar competições na La Guaria.
O primeiro torneio de interclubes no Peru aconteceu em 1972 no Country Club de Villa, que se encontra em Chorrillos. Onze anos depois (1983) aconteceu o primeiro campeonato nacional. Nesta primeira edição, havia 25 clubes afiliados, mas hoje o número aumentou ao redor do país todo. Em Lima, a capital do país, existem mais de 1.000 quadras e estima-se que existam mais de 10.000 pessoas que praticam o esporte, seja como amadores ou profissionais
Algumas pessoas podem perguntar: o que é frontón? É um dos esportes mais populares no Peru e é praticado em uma quadra onde há uma parede de 5 metros de altura, 6 metros de largura e no chão as medidas são de 7,6 metros de largura e 12 metros de comprimento. Pode ser jogado solo ou em duplas.
O saque tem que ser cruzado e depois a bola é rebatida contra a parede, esperando que o rival não consiga rebater ou que a bola quique duas vezes no chão. É preciso acertar o retângulo verde (ou azul). Se sair da parte contornada em branco ou atingir a placa na parte inferior da parede, também é considerado fora.
Em solos é disputado até 15 pontos, enquanto em duplas é disputado até 21 pontos. Podem ser partidas de três ou cinco sets, dependendo das regras do torneio. O esporte teve um boom tão grande que em 2013 foi incluído como um dos esportes dos Jogos Bolivarianos, incluindo delegações de outros países como Chile, Bolívia, Guatemala, entre outros.
Em 2015, o primeiro torneio internacional de Paleta Frontón foi realizado em oito países. Mas o salto definitivo foi dado com os Jogos Pan-americanos de Lima em 2019, onde Kevin Martínez e Claudia Suárez conquistaram medalhas de ouro. Claudia começou a jogar aos 9 anos, imitando os tios e avós, enquanto ela seguia o caminho do pai, um dos pioneiros do esporte no país. Por isso também é considerada uma tradição familiar.
O Paleta Fronton também faz parte da tradição dos esportes de remo e raquete presentes em todo o mundo, como tênis, squash, badminton e paddle, que também se tornaram muito populares. Existem algumas modalidades mais extremas, como a Pelota Vasca ou Trinquete.
Além do frontón, existem muitas outras particularidades na região que podem ser relevantes para empresas que têm interesse em atuar no mercado latino-americano ou que estão à procura de uma agência de relações públicas no Peru. Se você quiser saber mais sobre o país inca ou outros assuntos relacionados à América Latina, você pode conferir nosso blog!
